Relatório CICH | 2019

O Centro de Investigação em Ciências Histórias contou, no ano de 2019, com vinte Investigadores e onze Colaboradores, todos estes doutorandos.

O conjunto dos Investigadores e Colaboradores é maioritariamente docente ou doutorando na Universidade Autónoma de Lisboa, ainda que alguns investigadores integrem também outros Centros de Investigação existentes no país e creditados pela FCT.

O conjunto dos investigadores desenvolveu trabalhos em torno de quatro linhas principais de pesquisa:
• História da Arte e do Urbanismo, com três “sub-linhas”: – Urbanismo e Monumentos Públicos, História da Arquitetura, Cenografia e Artes Performativas e História do Ensino das Belas-Artes em Portugal.
• História e Cultura das Organizações. Passado, Presente e Futuro.
• Arqueologia, com duas “sub-linhas” – Cultura Marítima e Memórias, Dinâmicas e Cenários. Da Pré-História à Época Clássica.
• História e Sociedade (séculos XIV-XVIII), com duas “sub-linhas” – Espaços, Poderes e Sociedades e Antroponímia, História e Sociedade.

No presente Relatório contemplaremos a síntese das atividades dos investigadores e colaboradores agrupando-as em três tópicos:
• Produção científica
• Transmissão e disseminação do conhecimento
• Formação avançada

1. Produção científica
Destacaremos que foram publicados dois livros da autoria e coordenação científica de investigadores deste Centro que versaram sobre uma fábrica ( A Fábrica de Lanifícios de Santa Clara em Coimbra) e sobre historiografia (em torno de uma polémica entre Mário de Albuquerque e António Sérgio). Refira-se porém que ainda se espera que possam sair nestes meses finais de 2019 pelo menos mais sete livros (um Guia de História Financeira, um outro sobre a água na cidade de Coimbra, outro sobre o saneamento e as águas residuais em Coimbra, outro sobre Previdência Portuguesa.: 90 anos, outro sobre a vida de Joaquim Carneiro da Silva (1732-1818) e mais dois sobre forais manuelinos).
Os resultados da pesquisa dos investigadores traduziu-se ainda na publicação de seis capítulos de livros, acrescida de cinco artigos em Revistas, seis entradas em Dicionários, dois prefácios e duas recensões críticas, que mais alargam os campos temáticos da história empresarial e dos grupos económicos e financeiros, da história de arte, do urbanismo e dos monumentos públicos, das manifestações artísticas e dos ideais estéticos, da espacialidade e sociabilidade urbanas, do património, do turismo e da arqueologia, da oficialidade no Império, dos níveis e articulação dos poderes, das instituições, da sociedade, da religiosidade, da historiografia e da biografia. Temáticas estas desenvolvidas na longa diacronia desde a medievalidade à contemporaneidade e numa dimensão espacial ampla e variada. Será ainda de salientar que alguns trabalhos de investigação, apresentados em reuniões científicas participadas por especialistas de diversos países, foram publicados em obras ou revistas no exterior, em S. Paulo, em Londres, em Roma, em Toulouse e um bom número encontra-se também online.
Os investigadores do CICH foram solicitados do exterior a elaborarem o significativo número de cinquenta e um pareceres sobre os mais diversos estudos que foram publicados em revistas ou apresentados em reuniões científicas.
Participam ainda os investigadores do CICH em diversos Projetos de Investigação com equipas alargadas de especialistas de diferentes Unidades de Investigação, que lhes permite uma investigação em rede e transdisciplinar (Veja-se Anexo).

2. Transmissão e disseminação do conhecimento
Os investigadores do CICH estiveram ainda presentes em reuniões científicas, onde apresentaram comunicações e dialogaram com especialistas das suas áreas de investigação ou proferiram conferências, em que divulgaram o seu saber em diversas instituições de ensino e de cultura, assim apoiando a disseminação do conhecimento à comunidade. Esta transmissão oral dos campos de estudo investigados perfez um total de trinta comunicações ou conferências, tendo sido algumas delas apresentadas no estrangeiro – Espanha (Corunha e Madrid), Andorra, França (Paris e Toulouse), Chile (Santiago do Chile) e Brasil (S. Paulo, Portalegre e Rio de Janeiro). Para além disso tiveram uma grande dinâmica organizativa e de responsabilidade científica, integrando as comissões científicas ou organizadoras de vinte e seis reuniões ou eventos científicos.

3. Formação avançada
Grande número dos investigadores do CICH são docentes dos cursos de graduação do 2º ou 3º Ciclo do DHAH, tendo a seu cargo a leccionação de disciplinas onde podem reproduzir o seu saber e sobretudo transmitir os seus conhecimentos de metodologia, conceptualização e experiência de investigação na orientação de dissertações de mestrado e de teses de doutoramentos. Mas são também orientadores ou coorientadores de trabalhos académicos noutras instituições universitárias.
Como orientadores ou coorientadores tiveram ou têm a seu cargo a orientação de doze dissertações de mestrado e trinta e três de doutoramento, a maioria em curso na UAL É ainda de salientar que os investigadores do CICH foram requisitados para diversos júris de agregação (seis, sendo em quatro arguentes), de doutoramento (cinco, sendo em dois arguentes) e de mestrado (cinco, sendo em quatro arguentes). Integraram também júris de projetos de pós-graduação (três) e de projetos de doutoramento (cinco, sendo em dois arguentes).
Igualmente estiveram presentes em concursos para Professores Catedráticos (dois) e para Professores Associados (um), o que bem atesta o seu reconhecimento como especialistas pela comunidade científica.
Na projeção dos trabalhos para o ano de 2020 os investigadores do CICH têm no prelo vinte e seis estudos entre livros, capítulos de livros, artigos para revistas, entradas em dicionários e notícias. Além disso encontram-se a elaborar mais vinte e três trabalhos para saírem num prazo mais longo e desejam participar em várias reuniões científicas, algumas no exterior, na Europa no Brasil. Do mesmo modo estão empenhados na organização de vários Colóquios em que o Centro e a UAL serão parceiros.
Creio que no ano de 2019 é muito de relevar a participação dos investigadores do CICH em reuniões científicas, divulgando oralmente o seu saber, e mesmo na organização de muitas reuniões científicas. Além disso os investigadores do CICH estiveram e estão muito comprometidos com a orientação de dissertações de mestrado e de teses de doutoramento em que investirão as suas especialidades científicas. Torna-se também claro o reconhecimento do exterior das suas competências científicas pelos muitos convites que os investigadores receberam para participar em júris de provas ou concursos académicos.
Comparativamente com o ano anterior, se houve um certo decréscimo de publicações, percebe-se que o ano de 2019 foi dedicado a preparar trabalhos que ainda poderão ser publicados até ao final deste ano ou já no de 2020, tendo havido uma enorme aposta na participação e organização de reuniões científicas e na formação graduada.

Perante este relatório de atividades alguns pontos fortes e fracos são de destacar.

Forças
• razoável produção científica de livros e capítulos de livros
• maior disponibilização online das publicações
• crescente internacionalização das publicações
• grande representatividade no trabalho de revisão científica
• relevante transmissão oral de conhecimentos no país
• significativa capacidade de organização de reuniões científicas
• grande investimento na formação avançada

Fraquezas
• poucas publicações em revistas com revisão por pares
• insuficiente participação em reuniões científicas internacionais
• escassas parcerias e trabalho de investigação em rede

O crescimento do CICH com jovens doutores, muitos deles docentes da UAL, a sua capacidade de autoavaliação e a sua permanente atenção às sugestões e críticas provindas dos seus consultores são as linhas norteadoras da entrega e dedicação dos membros do CICH à investigação, procurando ultrapassar as suas fraquezas e visando prestigiar o DHAH em que se integra e através dele a oferta de formação avançada da UAL

Lisboa, 17 de Outubro de 2019
A Directora do CICH
Maria Helena da Cruz Coelho