O Centro de Investigação em Ciências Histórias contou, no ano de 2018, com catorze investigadores e nove colaboradores, sendo cinco doutorandos e quatro mestrandos. O conjunto dos investigadores é maioritariamente docente na Universidade Autónoma de Lisboa, ainda que alguns investigadores integrem também outros Centros de Investigação existentes no país e creditados pela FCT.
O conjunto dos investigadores desenvolveu trabalhos em torno de quatro linhas principais de pesquisa:
– História da Arte e do Urbanismo, com três “sub-linhas”: – Urbanismo e Monumentos Públicos, História da Arquitetura, Cenografia e Artes Performativas e História do Ensino das Belas-Artes em Portugal.
– História e Cultura das Organizações. Passado, Presente e Futuro.
– Arqueologia, com duas “sub-linhas” – Cultura Marítima e Memórias, Dinâmicas e Cenários. Da Pré-História à Época Clássica.
– História e Sociedade (séculos XIV-XVIII), com duas “sub-linhas” – Espaços, Poderes e Sociedades e Antroponímia, História e Sociedade.
No presente Relatório contemplaremos a síntese das atividades dos investigadores agrupando-as em três tópicos:
– Produção científica
– Transmissão e disseminação do conhecimento
– Formação graduada
1. Produção científica
Destacaremos que foram publicados quatro livros da autoria, coordenação científica e colaboração em capítulos dos investigadores deste Centro que versaram sobre um empresário (José Manuel de Melo), uma companhia seguradora (Zurich), um artista de finais se Setecentos e inícios de Oitocentos (Henry l’Évêque ) e os tempos e contexto que antecederam e poscederam a conquista de Ceuta, abarcando portanto, significativamente, diversos enfoques temáticos e cronológicos.
Os resultados da pesquisa dos investigadores traduziu-se ainda na expressiva publicação de dezoito capítulos de livros, acrescida de cinco artigos em Revistas, onze entradas em Dicionários, três prefácios e uma recessão crítica, que mais alargam os campos temáticos da história económica e empresarial, da história de arte, do urbanismo e monumentos públicos, do património e arqueologia, da sociedade e dos níveis de poder e da historiografia. Será ainda de salientar que alguns trabalhos de investigação, desenvolvidos no âmbito de reuniões científicas participadas por especialistas de diversos países, foram publicados no exterior, em Madrid, Salamanca, Roma, Praga e S. Paulo.
Muito solicitados do exterior, os investigadores do CICH elaboraram quarenta e oito pareceres sobre os mais diversos estudos que foram publicados em revistas ou apresentados em reuniões científicas.
2. Transmissão e disseminação do conhecimento
Os investigadores do CICH estiveram ainda presentes em reuniões científicas, onde apresentaram comunicações ou proferiram conferências, que divulgaram o seu saber em diversas instituições de cultura, assim apoiando a disseminação do conhecimento à comunidade. Esta transmissão oral dos campos de estudo investigados perfez um total de vinte e sete comunicações ou conferências, sendo cinco delas apresentadas no estrangeiro – Espanha, Alemanha, Inglaterra e Brasil. Para além disso integraram comissões científicas ou organizadoras de seis reuniões científicas.
3. Formação graduada
Grande número dos investigadores do CICH são docentes dos cursos graduados do 1º ou 2º Ciclo do DHAH, tendo a seu cargo a leccionação de disciplinas onde podem reproduzir o seu saber e sobretudo a orientação de dissertações de mestrado e de teses de doutoramentos. Como orientadores ou coorientadores tiveram ou têm a seu cargo a orientação de onze dissertações de mestrado e quinze de doutoramento. Concretamente na UAL foram defendidas três dissertações de mestrado e três outras estão em curso. Em bem maior número – cerca de dezena e meia – os investigadores do CICH orientam doutorandos da UAL que elaboram as suas teses.
Na conjugação de todos estes elementos e comparativamente com o ano transacto percebe-se que os investigadores do CICH avançaram expressivamente na produção científica e na transmissão oral dos seus conhecimentos.
Na projeção dos trabalhos para o ano de 2019 os investigadores do CICH projetam publicar meia dezena de artigos, mais de dezena e meia de capítulos de livros, alguns livros e participar em seis reuniões científicas no estrangeiro. O CICH virá ainda a acolher novos investigadores dado o recente recrutamento de docentes para o DHAH.
Perante este relatório de atividades alguns pontos fortes e fracos são de destacar:
Forças
– significativa produção científica de livros e capítulos de livros
– crescente internacionalização das publicações
– grande representatividade no trabalho de revisão científica
– relevante transmissão oral de conhecimentos no país
– grande investimento na formação avançada
Fraquezas
– poucas publicações em revistas internacionais
– insuficiente participação em reuniões científicas internacionais
– escassas parcerias e trabalho de investigação em rede
O crescimento do CICH com novos e jovens doutores, a sua capacidade de autoavaliação e a abertura à incorporação das sugestões e críticas provindas dos seus consultores são as âncoras e as bússolas que sustentarão o comprometimento dos investigadores do CICH no percurso de sempre irem superando as suas metas, valorizando a investigação no DHAH e, com ela, a formação avançada que a UAL oferece.
Lisboa, 29 de Novembro de 2018
A Directora do CICH
Maria Helena da Cruz Coelho